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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Homenagem ao centenário do nascimento de HELENA KOLODY, grande poeta paranaense.

Nasceu em Cruz Machado (PR), em 12 de outubro de 1912, e faleceu em Curitiba (PR), em 15 de fevereiro de 2004.
Seus pais nasceram na Galícia Oriental, Ucrânia, mas se conheceram no Brasil, onde se casaram em janeiro de 1912. Passou a maior parte da infância em Três Barras.
Foi professora do ensino médio e inspetora de escola pública. De 1928 a 1931, cursa a Escola Normal Secundária (atual Instituto de Educação do Paraná).
Consta que foi a primeira mulher a publicar hai-kais no Brasil (1941).
Foi admirada por poetas como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, sendo que, com esse último, teve uma grande relação de amizade.
A partir de 1985, quando recebe o Diploma de Mérito Literário da Prefeitura de Curitiba, a sua obra passou a ter grande repercussão no seu estado e no restante do País.
Em 1988, é criado o importante Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody", realizado anualmente pela Secretaria da Cultura do Paraná.
Em 1989, o Museu da Imagem e do Som do Paraná grava e publica um seu depoimento.
Em 1991, é eleita para a Academia Paranaense de Letras.
Em 1992, o cineasta Sylvio Back faz filme "A Babel de Luz" em homenageia aos seus 80 anos, tendo recebido o prêmio de melhor curta e melhor montagem, do 25° Festival de Brasília.
E, 2003, recebe o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ernest Hemingway.


“Todos os bons livros são semelhantes no fato de que são verdadeiros como se tivessem de fato ocorrido e também porque, depois que você termina de lê-los, sente-se como se tudo tivesse acontecido com você mesmo e que, consequentemente, tudo pertence a você; o bem e o mal, o êxtase, o remorso e a tristeza, as pessoas e os lugares e como estava o tempo.”

(By-line: Ernest Hemingway, p.184

Ernest Hemingway.

(Foto de Ernest Hemingway com um de seus gatos.)

“Boa escrita é escrita da verdade. Se um homem está criando uma história, ela será verdadeira em termos proporcionais à quantidade de conhecimento de vida que ele tem e quão consciente ele é; de modo que quando ele cria alguma coisa, é como ela existisse verdadeiramente.”

(By-Line: Ernest Hemingway, p.215)

Ernest Hemingway.


"O sol também se levanta
e o sol se põe, e se apressa
para o local onde nasceu."
(Eclesiastes 1:5)

"Uma geração vai, e outra geração vem,
mas a terra permanece eternamente"
(Eclesiastes 1:4).

Trechos da bíblia usados no livro 'O sol também se levanta' de Hemingway.

[...]
-Você é um expatriado. Perdeu o contato com o solo. Torna-se pernóstico. Ficou estragado pelos falsos padrões europeus. Bebe até cair. Deixa-se obcecar pelo sexo. Passa o tempo conversando e não trabalha. É um expatriado, ouviu? Arrasta-se pelos cafés. "
[...]
Pagina 133, de O Sol Tambem se Levanta.

Ernest Hemingway

Ernest Miller Hemingway nasceu em 1899, em Oak Park, Illinois (EUA). Filho de um médico da zona rural, cresceu em contato com um ambiente pobre e rude, que conheceu ao acompanhar o trabalho do pai na região. Esse ambiente foi descrito em seu livro de contos In Our Time (1925).

Trabalhando como repórter, Hemingway alista-se no exército italiano em 1916 e é gravemente ferido na frente de batalha. Ao deixar o hospital, passa a trabalhar como correspondente em Paris. Em 1926, publica ¨'O Sol Também Se Levanta', livro que obteria um sucesso surpreendente.

Em 1929, publica 'Adeus às Armas', que descreve a experiência militar de seu autor na Itália.

Vai para a Espanha, onde produz Morte à Tarde (1932), sobre as touradas; faz caçadas na África Central, que relata em 'As Verdes Colinas da África' (1935); participa da Guerra Civil Espanhola e escreve 'Por Quem os Sinos Dobram' (1940); de suas experiências como pescador em Cuba, surge 'O Velho e o Mar' (1952), livro que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer.

Ganhador do Nobel de Literatura (1954), Hemingway suicidou-se em sua casa de Ketchum, em Idaho (EUA), em 1961.

''A felicidade em pessoas inteligentes, é das coisas mais raras que conheço.''
Ernest Hemingway.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Miguel de Unamuno




”Os homens só se sentem verdadeiramente irmãos quando se ouvem uns aos outros no silêncio das coisas, através da solidão… A solidão derrete essa espessa capa de pudor que isola uns dos outros; só na solidão nos encontramos; e, ao encontrarmo-nos, encontramos, em nós, todos os nossos irmãos… Só na solidão elevamos o nosso coração ao coração do Universo… Só na solidão podes conhecer-te a ti mesmo como próximo; enquanto não te conheceres a ti mesmo como próximo, não poderás chegar a ver, nos teus próximos, outros ‘eus’. Se queres aprender amar os outros, recolhe-te em ti mesmo.”

Miguel de Unamuno

quinta-feira, 17 de maio de 2012

'Excerto da crônica – Liberdade é azul-

Israel Pedrosa, no livro “Da cor à cor inexistente”, escreve que a lenda do pássaro azul, símbolo da felicidade inatingível, nasceu da analogia secreta do azul com o inacessível. Diante do azul – formula o autor –, a lógica do pensamento consciente cede lugar à fantasia e aos sonhos, que emergem dos abismos mais profundos de nosso mundo interior. Por sua indiferença, impotência e passividade aguda que fere, o azul atinge o portal do inconsciente.

Só o azul, desprovido da ardileza mundana, só o metafísico azul é pigmento de leveza e liberdade.

Da Vinci formulou: “o azul é composto de luz e trevas, de um preto perfeito e de um branco muito puro como o ar”. E disse Goethe: “o preto que clareia torna-se azul”, percebendo, na criação, a maravilhosa passagem da treva à luz. E, no desespero pela libertação das trevas, fizemo-nos Ulisses, e singramos a imensidão azul dos sete mares, e dos sete mil Danúbios azuis, na ânsia de apalparmos a matéria invisível dos sonhos.

Fizemo-nos Quixotes, pelas andanças em busca de devaneios, campeando nas quimeras da pureza. No deslizar da história, e tentando vencer a gravidade do chão, fizemo-nos, enfim, ritualísticos e desde sempre Ícaros. Contemplamos a terra como um sonho todo em azul.

No grande tear da existência, ao tecer as fibras mais ordinárias do estar e conviver no mundo, fazemos do azul a cor do Nirvana; dependuramos em nós a pedra-amuleto de água-marinha, na crença propiciatória das viagens tranquilas
; pintamos a casa nos tons de azul, se a queremos morada da felicidade. E, se buscamos na fonte o batismo da inspiração, tingimo-nos de azul, e escrevemos uma crônica toda em azul. E azul será, imaginária e livre, a crônica de um amanhecer acinzentado, no espaço branco e preto do jornal.


Excerto da crônica – Liberdade é azul- de Romildo Sant’Anna,
escritor, livre-docente,
recebeu o Prêmio ‘Casa de las Américas” – Havana.
É curador do Museu de Arte Primitivista ‘José Antônio da Silva’ – São José do Rio Preto –SP – Brasil

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Louis Armstrong



Louis Armstrong and the All Stars:
Louis Armstrong : Trumpet & Vocals
Tyree Glenn: Trombone
Eddie Shu: Clarinet
Billie Kyle: Piano
Buddy Catlett: Double Bass
Danny Barcelona: Drums

(Recorded June 4, 1965 at the Palais des Sports, Paris)

Uma verdadeira maravilha (Pérola) que encontrei em minhas andanças pelo YouTube, merece ser ouvida e admirada, o incomparável musico, seu 'trumpet' e a maravilhosa musica 'Volare' de Domenico Modugno, em uma brilhante versão...

Enjoy this.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

IRENA SENDLER - UMA MULHER DE VALOR INCONTESTÁVEL -


Irena Sendler [em polaco] Irena Sendlerowa apelido de solteira Krzyżanowska; (15 de fevereiro de 1910 - 12 de maio de 2008), também conhecida como "o anjo do Gueto de Varsóvia," foi uma ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuido para salvar mais de 2.500 vidas ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida.


“ A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. - Irena Sendler ”

Quando a Alemanha Nazi invadiu o país em 1939, Irena era Assistente Social no Departamento de bem estar social de Varsóvia,trabalhava com enfermeiras e organizava espaços de refeição comunitários da cidade com o objectivo de responder às necessidades das pessoas que mais necessitavam. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas.

Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:

"Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto."

Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:

"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?" A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.


Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.

Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registrava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.

Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.

De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.

As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe: "Lembro-me de seu rosto. Foi você quem me tirou do gueto." E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.

Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.

Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada

pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".


Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prémio Nobel da Paz pelo Governo da Polónia. Esta iniciativa pertenceu ao presidente Lech Kaczyński e contou com o apoio oficial do Estado de Israel através do primeiro-ministro Ehud Olmert, e da Organização de Sobreviventes do Holocausto residentes em Israel.

As autoridades de Oświęcim (Auschwitz) expressaram o seu apoio a esta candidatura, já que consideraram que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal de uma natureza extraordinária.

O prémio desse ano, no entanto, foi dado a Al Gore pela sua defesa do meio-ambiente.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Henry Graham Greene - escritor inglês-


(Berkhamsted, 2 de outubro de 1904 – Vevey, 3 de abril de 1991)

mais conhecido como Graham Greene, foi um escritor inglês, com uma obra composta de romances, contos, peças teatrais e críticas literárias e de cinema. Formou-se na Universidade de Oxford, e começou sua carreira como jornalista, trabalhando como repórter e sub-editor do The Times. Publicou cerca de 60 romances.

Durante a Segunda Guerra Mundial, de 1941 a 1943, trabalhou para o governo inglês no departamento de relações externas, dirigindo um escritório em Freetown, Serra Leoa. Muitos de seus romances, a partir de então, tiveram como tema ou pano de fundo a espionagem.

Seu primeiro livro de sucesso foi O Expresso do Oriente (1932). Outras obras: O Poder e a Glória (1940), Nosso Homem em Havana (1958) e O Fator Humano (1978). Muitas de suas obras foram transformadas em filmes. Suas obras falam muito de situações políticas de países pouco conhecidos e aos quais viajava freqüentemente, como Cuba e Haiti.

Outra temática frequente em sua obra é a religião. Tendo se convertido ao catolicismo em 1926, os dilemas morais e espirituais de sua época eram representados através de suas personagens. Graham Greene era considerado o maior 'escritor católico' da Grã-Bretanha, apesar de sua resistência em ser retratado dessa maneira.

Em 1937 Greene era colaborador da revista Night and Day e escreveu uma reportagem sobre a atriz Shirley Temple afirmando que a rapariga, então com oito anos, era o centro das atenções no estúdio de homens de meia idade. Estas declarações valeram-lhe um processo em tribunal tendo o escritor se refugiado no México, país que não permitia a extradição, o que o impediu de ser preso





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His works explore the ambivalent moral and political issues of the modern world. Greene was notable for his ability to combine serious literary acclaim with widespread popularity.

Although Greene objected strongly to being described as a Roman Catholic novelist rather than as a novelist who happened to be Catholic, Catholic religious themes are at the root of much of his writing, especially the four major Catholic novels: Brighton Rock, The Power and the Glory, The Heart of the Matter and The End of the Affair. Several works such as The Confidential Agent, The Third Man, The Quiet American, Our Man in Havana and The Human Factor also show an avid interest in the workings of international politics and espionage.

Greene suffered from bipolar disorder, which had a profound effect on his writing and personal life. In a letter to his wife Vivien, he told her that he had "a character profoundly antagonistic to ordinary domestic life", and that "unfortunately, the disease is also one's material".





Henry Graham Greene was born in 1904 in St. John’s House, a boarding house of Berkhamsted School on Chesham Road in Berkhamsted, Hertfordshire, England, where his father was housemaster.He was the fourth of six children; his younger brother, Hugh, became Director-General of the BBC, and his elder brother, Raymond, an eminent physician and mountaineer.

His parents, Charles Henry Greene and Marion Raymond Greene, were second cousins; both members of a large, influential family that included the owners of Greene King brewery, bankers and businessmen. Charles Greene was Second Master at Berkhamsted School, where the headmaster was Dr Thomas Fry, who was married to Charles' cousin. Another cousin was the right-wing pacifist Ben Greene, whose politics led to his internment during World War II.

In 1910 Charles Greene succeeded Dr Fry as headmaster of Berkhamsted. Graham also attended the school as a boarder. Bullied and profoundly depressed he made several suicide attempts; including, as he wrote in his autobiography, by Russian roulette and by taking aspirin before going swimming in the school pool. In 1920, aged 16, in what was a radical step for the time, he was sent for psychoanalysis for six months in London, afterwards returning to school as a day student. School friends included Claud Cockburn the satirist, and Peter Quennell the historian.

In 1922 he was for a short time a member of the Communist Party of Great Britain.

In 1925, while an undergraduate at Balliol College, Oxford, his first work, a poorly received volume of poetry entitled Babbling April, was published. Greene suffered from periodic bouts of depression whilst at Oxford, and largely kept to himself. Of Greene's time at Oxford, his contemporary Evelyn Waugh noted that: "Graham Greene looked down on us (and perhaps all undergraduates) as childish and ostentatious. He certainly shared in none of our revelry".



After graduating with a second-class degree in history, he worked for a period of time as a private tutor and then turned to journalism – first on the Nottingham Journal, and then as a sub-editor on The Times. While in Nottingham he started corresponding with Vivien Dayrell-Browning, a Catholic convert, who had written to him to correct him on a point of Catholic doctrine. Greene was an agnostic at the time, but when he began to think about marrying Vivien, it occurred to him that, as he puts it in A Sort of Life, he "ought at least to learn the nature and limits of the beliefs she held". In his discussions with the priest to whom he went for instruction, he argued "on the ground of dogmatic atheism", as his primary difficulty was what he termed the "if" surrounding God's existence. However, he found that "after a few weeks of serious argument the 'if' was becoming less and less improbable".Greene converted to Catholicism in 1926 (described in A Sort of Life) when he was baptised in February of that year. He married Vivien in 1927; and they had two children, Lucy Caroline (b. 1933) and Francis (b. 1936).
In 1948 Greene separated amicably from Vivien. Although he had other relationships, he never divorced or remarried.

He lived the last years of his life in Vevey, on Lake Geneva, in Switzerland, the same town Charlie Chaplin was living in at this time. He visited Chaplin often, and the two were good friends.His book Doctor Fischer of Geneva or the Bomb Party (1980) bases its themes on combined philosophic and geographic influences. He had ceased going to mass and confession in the 1950s, but in his final years began to receive the sacraments again from Father Leopoldo Durán, a Spanish priest, who became a friend. He died at age 86 of leukaemia in 1991 and was buried in Corseaux cemetery.



In his later years Greene was a strong critic of American imperialism, and supported the Cuban leader Fidel Castro, whom he had met. For Greene and politics, see also Anthony Burgess' Politics in the Novels of Graham Greene. In Ways of Escape, reflecting on his Mexican trip, he complained that Mexico's government was insufficiently left-wing compared with Cuba's. In Greene's opinion, "Conservatism and Catholicism should be .... impossible bedfellows".
"In human relationships, kindness and lies are worth a thousand truths."— - Graham Greene -

Graham Greene- Canadian Actor-


Graham Greene (born June 22, 1952)
is a Canadian actor who has worked on stage, and in film and TV productions in Canada, England and the United States.

Greene is an Oneida, born in Ohsweken on the Six Nations Reserve in Ontario, the son of Lillian and John Greene, who was an ambulance driver and maintenance man. He lived in Hamilton, Ontario as a young adult.

Greene's first brushes with the entertainment industry came when he was an audio technician for rock bands based in Newfoundland and Labrador, when he went by the alias Mabes. He graduated from The Centre for Indigenous Theatre's Native Theatre School program in 1974, which was based in Toronto. Soon after, he began performing in professional theatre in Toronto and England.

Greene's TV debut was in an episode of The Great Detective in 1979, and his screen debut was in 1983 in Running Brave. He appeared in such films as Revolution and Powwow Highway, as well as the First Nations, CBC TV series Spirit Bay.

It was his Academy Award-nominated role as Kicking Bird (Lakota: Ziŋtká Nagwáka) in the 1990 film Dances with Wolves that brought him fame. He followed this role with films and performances on TV series, including Thunderheart, Benefit of the Doubt, and Maverick, and the television series Northern Exposure and The Red Green Show. Greene also acted alongside Bruce Willis and Samuel L. Jackson in the 1995 film Die Hard with a Vengeance, where he played Detective Joe-Rob Lambert. He hosted the reality crime documentary show Exhibit A: Secrets of Forensic Science.

He co-starred as "Slick Sam" Nakai with Adam Beach and Wes Studi in the film Thief of Time (2004), adapted from the Tony Hillerman novel and produced by Robert Redford.

In 1992, Greene played the role of Ishi, the last Yahi, in the HBO drama The Last of His Tribe. He also appeared that year in the contemporary action-mystery film, Thunderheart (1992) playing Walter Crow Horse, a gruff, savvy local cop living on an Indian reservation.

In 1994, he began appearing as Mr. Crabby Tree in the children's series The Adventures of Dudley the Dragon, for which he received the Gemini Award. In 1997, Greene suffered a major depressive episode, and had to be hospitalized after a police encounter. He recovered after help from Bruce Willis and Samuel L. Jackson.

Greene was featured as Arlen Bitterbuck, a Native American on death row in the Oscar-nominated The Green Mile (1999). He starred in the short-lived television series Wolf Lake in 2001.


In 2005, he acted as the potential love interest of a pre-operative transsexual woman in Transamerica. He appeared as himself in a parody of the famous Lakota-brand pain reliever commercials, on CBC Television's Rick Mercer Report.

In 2006, Greene presented the documentary series The War that Made America, about the Seven Years War (French and Indian War) of the mid–18th century in North America. In 2007, he appeared as Shylock in the Stratford Shakespeare Festival production of The Merchant of Venice as well as "Breakfast with Scot," the first gay-themed film ever to receive this type of approval from a professional sports league (NHL).

Greene provides the pre-recorded narration for the highly acclaimed outdoor drama, Tecumseh! in Chillicothe, Ohio, based upon the life of the illustrious Shawnee chief of that name. Greene portrayed the illustrious Sioux leader Sitting Bull in a short Historica vignette.

He was a guest star in an episode of the TV series Numb3rs, as a First Nations chief. He also guest-starred on multiple occasions on The Red Green Show as Edgar "K.B." Montrose, an explosives enthusiast. In one episode 'Red Green' asks him what he thought of the movie "Dances With Wolves". Greene's reply was that "...the native guy (himself as 'Kicking Bird') was OK. Should have gotten the Oscar. But the rest of it was a yawn!"

Greene also made a cameo in an episode of Royal Canadian Air Farce. In the sketch, Jacques Cartier (Don Ferguson) has to go through customs, whose officer is played by Greene. When Cartier asks Greene if he was in that movie "Dances with Wolves", Greene replies with a "yes". Cartier then asks his name and Greene says "Kevin Costner".

He appeared in The Twilight Saga: New Moon as Harry Clearwater, Charlie Swan's old friend.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

'Flor de Lótus'



Em meio ao lodo.
No fundo do lago,
Ela quer brilhar...
Esquecida no limbo
À beira do rio
Ela quer nascer...
Lentamente a respirar,
No sol da manhã
Ela quer luzir...
Milagre!
Mil pétalas, mil lágrimas
Surgem da lama...
A flor de lótus
Brota no pântano
Ela quer viver...

Djalma Lofrano Filho
(São Paulo)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

À LÁPIS, O DESENHO HEDÔNICO - Uma crônica de Jairo De Britto -


Caminho ao longo do braço esquerdo do rio que corre em meu peito, embora um lago tranqüilo se ofereça aos meus olhos insones.
Caminho pelos dias afoitos, noites insolentes, madrugadas frias que, ainda assim, me fazem transpirar em pleno silêncio. Leio, releio, escrevo, reescrevo, corto, recorto, releio - até aquém chegar daquilo que pretendo doutra forma dizer.
Sim, outras e outras e tantas formas, é o que procuro. Para que  sílabas, palavras e parágrafos não se limitem às estreitas fronteiras da comum escritura. Para invadir seus grandes olhos com todos os sons e cio de cada caro fonema.
“Escrever (não é só, como já foi dito), uma forma de falar sem ser interrompido”.
Escrever é para Viver, ou sobreviver, sabendo que tal forma de Ser não foi escolhida. É o Presente: estar e ser – um flagrante e sempre inédito estarrecer!
Secular amanuense, de ávidos e áridos tempos - quando, afogados em imagens tantas, meus olhos sucumbíam, eu distraio mulheres, homens e crianças, enquanto me entrego a lembranças d’além da infância; de outras margens dos rios e oceanos em que naveguei.
Sem esquecer de dizer que, perdido, às margens de muitas laudas, também fiquei.  
Saber que você dorme, entregue a sonhos infantes, às vezes eróticos, em nossa cama, aguça meu olfato e paladar. Ser o homem a velar seu sono, em porto seguro, suscita lembranças outras, de terras e tempos tão distantes.
Ainda que "nau à deriva", aqui, seja o mais plausível dizer.
Ainda que ao menos saiba permitir que a madrugada se estenda, como naquela tarde  de sépia e aquarelas. Até que a manhã, com seu hálito de aurora e seus hábitos de velha senhora, se imponha sem mais delongas ou quaisquer pretensas cerimônias.

Sim , como naquela em que o jovem poeta, que adormeceu no gramado do campus, e abriu os olhos. Sobre eles, outros fitos: azuis e delicados.
Diamantes, eles. Apenas comparáveis à visão seguinte, quando os meus pousei sobre o caderno da linda jovem, que havia deles roubado tudo, num silente exercício de juvenil Amor Desenhado, estendido além dos olhos; rosto afora.
Quando notou-me, surpreso e maravilhado, disse-me noutra língua:
“Algo de mais maroto e lascivo há em seu rosto. Mas adoro seus longos cílios. Veja: terminei meu trabalho anual enquanto você dormia ao meu lado. Sei que o professor vai gostar. Sei que irá para a exposição anual dos melhores...”
 A Amizade não é um sentimento. É bem definida e definitiva: é o sentimento!
E tão grande e avassalador; tão aconchegante, que deve fazer inveja ao Amor. Quando se encontram, formam a mais sublime e cúmplice orquestra a executar a carinhosa Sinfonia da Gratidão...
Tudo brotado em clara selva de piano, oboé, sax e sexo, seguida de corpos em repouso dileto.
A festa e farra dos amantes, em qualquer idade, é como a Música; como os ritmos que embalam, acalantam e embrulham meus dias e noites.
Como um infindo e sensual Lundu. Como aquele atrevido Alarido Cigano - estaiado, a sustentar enormes fogueiras com danças, canções, cores, cartas, ouro, fitas e fogo.
Tudo ao Luar Cheio – a fantasia que apascenta a soberba do mítico Dragão Chinês. Este, que em libertina tradução Ocidental, não passa (schüller) d'um “Tigre de Papel”  ! 

Jairo De Britto, em "Verdes Crônicas "
Vitória (ES), 17 de Dezembro de 2011


sábado, 14 de janeiro de 2012

Albert Schweitzer

Aniversário de um dos grandes homens que por nosso planeta passaram...
Albert Schweitzer.


(Kaysersberg, 14 de janeiro de 1875 — Lambaréné, Gabão) 4 de setembro de 1965)

''O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.''
Albert Schweitzer


'A nossa civilização está condenada porque se desenvolveu com mais vigor materialmente do que espiritualmente. O seu equilíbrio foi destruído.'
Albert Schweitzer


''Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros.''
Albert Schweitzer


''A quem me pergunta se sou pessimista ou otimista, respondo que o meu conhecimento é de pessimista, mas a minha vontade e a minha esperança são de otimista.''
Albert Schweitzer


''Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.''
Albert Schweitzer


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Foi um teólogo, músico, filósofo e médico alemão, organista interprete de Bach, nascido na Alsácia, então parte do Império Alemão (atualmente, uma região administrativa francesa).

Formou-se em teologia e filosofia na Universidade de Strasburgo, onde, em 1901, o nomearam docente. Tornou-se também um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.

Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.

Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.

Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração. Nesse período, Albert escreve sobre a decadência das civilizações.

Com o final da guerra, retoma seus trabalhos e, ante a visão de um mundo desmoronado, declara: “Começaremos novamente. Devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”.

Realiza uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Torna-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afasta dos seus projetos e sonhos.

Após sete anos de permanência na Europa, parte novamente para Lambarené. Dessa vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital é levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais, Schweitzer pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.

Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebe o Prêmio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sin palabras...



JAMES JOYCE



(Dublin, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, 13 de janeiro de 1941)

Não te cansaste do ardor trilhado,
Fulgor do decaído serafim?
Não lembre os dias encantados!

Teu olhar tem meu coração queimado
E tens até sua vontade enfim.
Não te cansaste do ardor trilhado?

Acima das chamas louvores elevados
Ao longo dos oceanos assim.
Não lembre os dias encantados!

Nosso rompido pranto angustiado
Sobe tal um hino – sem fim.
Não te cansaste do ardor trilhado?

Quando em sacrifícios mãos elevadas
O cálice transborda sobre mim.
Não lembre os dias encantados.

E ainda fixamente tens olhado
Com gestos lânguidos para mim!
Não te cansaste do ardor trilhado?
Não lembre os dias encantados.


James Joyce
Trad.by leonardo de magalhaens


Poem found in the novel:
'A PORTRAIT OF A ARTIST AS A YOUNG MAN'
(1904)

Are you not weary of ardent ways,
lure of the fallen seraphim?
Tell no more of enchanted days.

Your eyes have set man's heart ablaze
And you have had your will of him.
Are you not weary of ardent ways?

Above the flame the smoke of praise
Goes up from ocean rim to rim.
Tell no more of enchanted days.

Our broken cries and mournful lays
Rise in one eucharistic hymn.
Are you not weary of ardent ways?

While sacrificing hands upraise
The chalice flowing to the brim,
Tell no more of enchanted days.

And still you hold our longing gaze
With languorous look and lavish limb!
Are you not weary of ardent ways?
Tell no more of enchanted days.

James Joyce

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James Augustine Aloysius Joyce (Dublin, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, 13 de janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta irlandês expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais iminentes poetas do imagismo.

Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa