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sábado, 27 de fevereiro de 2010

E-Book



E-Book em homenagem ao poeta, escritor e jornalista, Tasso da Silveira.
(Curitiba- Paraná-1885-1968)

Clique na setinha e leia alguns poemas de sua vasta e admirável obra.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CHUVA




A chuva, no pátio em que a olho cair, desce em andamentos muito diversos. No centro, é uma fina cortina (ou rede) descontínua, uma queda implacável mas relativamente lenta de gotas provavelmente bastante leves, uma precipitação sempiterna sem vigor, uma fração intensa do meteoro puro. A pouca distância das paredes da direita e da esquerda caem com mais ruído gotas mais pesadas, individuadas. Aqui parecem do tamanho de um grão de trigo, lá de uma ervilha, adiante quase de uma bola de gude. Sobre o rebordo, sobre o parapeito da janela a chuva corre horizontalmente ao passo que na face inferior dos mesmos obstáculos ela se suspende em balas convexas. Seguindo toda a superfície de um pequeno teto de zinco abarcado pelo olhar, ela corre em camada muito fina, ondeada por causa de correntes muito variadas devido a imperceptíveis ondulações e bossas da cobertura. Da calha contígua onde escoa com a contenção de um riacho fundo sem grande declive, cai de repente em um filete perfeitamente vertical, grosseiramente entrançado, até o solo, onde se rompe e espirra em agulhetas brilhantes.
Cada uma de suas formas tem um andamento particular; a cada uma corresponde um ruído particular. O todo vive com intensidade, como um mecanismo complicado, tão preciso quanto casual, como uma relojoaria cuja mola é o peso de uma dada massa de vapor em precipitação.
O repique no solo dos filetes verticais, o gluglu das calhas, as minúsculas batidas de gongo se multiplicam e ressoam ao mesmo tempo em um concerto sem monotonia, não sem delicadeza.
Quando a mola se distende, certas engrenagens por algum tempo continuam a funcionar, cada vez mais lentamente, depois toda a maquinaria pára. Então, se o sol reaparece, tudo logo se desfaz, o brilhante aparelho evapora: choveu.


Francis Jean Gaston Alfred Ponge
(Montpellier, France, 27 March 1899 - 6 August 1988)
(Trad: Júlio Castañon Guimarães)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Poemas selecionados



Poemas selecionados do blogger 'Meus poemas favoritos'.Uma seleção e formatação de Regina Helena.

Todos E-Books aqui presentes, foram um presente da minha especial amiga, escritora e webdesign, Regina Helena, a quem agradeço de todo coração. Suplico a Deus que esteja sempre com ela, principalmente nessas horas tão sensíveis que vem enfrentando...
Que o Senhor sempre esteja contigo e ilumine os caminhos que deves percorrer.

E-Book (Gabriel Garcia Marques)



Trechos no notável escritor Gabriel García Márques, nascido em Aracataca, Colômbia, 06/03/1927. Ganhador do Premio Nobel de Literatura em 1982.Vive atualmente em Cuba.
Formatação de Regina Helena.

Mais poemas...



E-Book, formatado pela amiga Regina Helena, uma verdadeira designer em arte para bloggers, livros on-line etc...
Clique na pontinha do livros para ler os poemas.
(Aceita encomendas)

E-Book





Um pouco da bela poesia de Bernardina Vilar, poeta cearense nascida em Crato 22-05-1928,
falecida em 21-12-1997.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Jerome David Salinger




Se for consultar o psicanalista, confio em Deus que ele permita que se sente também ao nosso lado um dermatologista, pois sinto que tenho cicatrizes nas mãos por tocar em certas pessoas.
E por mais que penso o quanto mudei, não sou outra pessoa, sou eu, cada vez mais eu, cada vez mais perto da última personagem que na tela das minhas memórias irá surgir a seu tempo, vinda do nada, renascida do meio de tudo...

J.D. Salinger
(Manhattan,New York, January 1, 1919 – January 27, 2010)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

MY SONG



This song of mine will wind its music around you,
my child, like the fond arms of love.

The song of mine will touch your forehead
like a kiss of blessing.


When you are alone it will sit by your side and
whisper in your ear, when you are in the crowd
it will fence you about with aloofness.


My song will be like a pair of wings to your dreams,
it will transport your heart to the verge of the unknown.


It will be like the faithful star overhead
when dark night is over your road.


My song will sit in the pupils of your eyes,
and will carry your sight into the heart of things.


And when my voice is silenced in death,
my song will speak in your living heart.


Rabindranath Tagore