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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Henryk Szeryng


Henryk Szeryng (Żelazowa Wola, 1918 - Kassel, 1988) foi um renomado violinista, pedagogo, filantropo e diplomata judeu, da Polônia, tendo-se tornado mais tarde cidadão mexicano.

Era filho de um rico industrial, e com três anos já começava a ter lições de piano de sua mãe. Com sete anos escolheu o violino como seu instrumento. Seu primeiro professor foi Maurice Frenkel. Deu seu primeiro concerto em 1933, que teve tão grande sucesso que imediatamente foi contratado para uma tournée mesmo sendo ainda um estudante. Ouvindo-o nesta ocasião, Bronislaw Huberman recomendou que se aperfeiçoasse com Carl Flesch. Mais tarde continuou seus estudos com Jacques Thibaud e Gabriel Bouillon no Conservatório de Paris, recebendo o Primeiro Prêmio em 1937, o que o inseriu definitivamente na escola francesa de violino. Também estudou composição com Nadia Boulanger, e através dela conheceu figuras importantes como Heitor Villa-Lobos, Alfred Cortot, Manuel Ponce, Igor Stravinsky e Maurice Ravel.


Na II Guerra Mundial foi alistado pelo governo polonês no exílio como oficial de ligação e intérprete, dando mais de 300 concertos para as tropas aliadas na Europa, África e América. Em 1942 encontrou-se com o premier polonês, refugiado no México, que buscava asilo para mais de 4 mil poloneses. Sensibilizado pela acolhida mexicana aos refugiados, voltou ao México em 1943, quando o governo local lhe ofereceu o posto de diretor do departamento de cordas da Universidade Nacional do México, a fim de que reorganizasse a escola mexicana de violino. Por seu trabalho cultural recebeu a cidadania mexicana em 1948, foi indicado em 1956 como Embaixador da Cultura, e em 1970 Conselheiro Musical Especial da delegação permanente do México junto à UNESCO, sendo o primeiro artista a viajar com passaporte diplomático. Dominava oito idiomas.


Foi um dos violinistas que mais deixaram gravações. Redescobriu a partitura do terceiro concerto de Paganini e foi o primeiro a registrá-lo em disco. Diversos compositores escreveram peças para ele, incluindo Manuel Ponce, Camargo Guarnieri, Xavier Montsalvatge e Julian Carrillo. Seu repertório ia de Bach até os contemporâneos. Recebeu vários prêmios por suas gravações, entre eles o Grand Prix du Disque (seis vezes), o Grammy Award, o Wiener Flötenuhr, o Prêmio Edison e o Golden Record. Entre os títulos recebidos se contam a Ordem Polonia Restituta da Polônia, o grau de Comendador da República Italiana, o de Oficial da Coroa da Bélgica e da Legião de Honra da França, o de Comandante da Ordem de Alfonso X o Sábio, da Espanha, e da Ordem de São Carlos, de Mônaco.

Seus instrumentos também eram célebres, e os doou quase todos, retendo apenas o Guarnerius Leduc e o Pierre Hel 1935, uma cópia do Guarnerius Le Roi Joseph. Possuiu o Stradivarius Hercules que pertencera a Eugene Ysaye, e depois o doou à cidade de Jerusalém para que fosse usado nos concertos da Filarmônica local; doou seu Stradivarius Villaume, uma cópia do Stradivarius Messias, ao príncipe Rainier III de Mônaco, e seu Guarnerius Sancta Theresia foi dado de presente à cidade do México, e outros instrumentos foram deixados para seus alunos.

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