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sábado, 31 de dezembro de 2011

Último comentário do ano, dedicado a essa grande personalidade que foi, SIMON WISENTHAL - que faria hoje 110 anos.

(Buczacz, 31 de dezembro de 1908 — Viena, 20 de setembro de 2005)

"Sou dedicado ao meu trabalho pelo privilégio de estar vivo"

Simon Wisenthal


Uma das personalidades mais importantes de nosso tempo, Simon Wiesenthal dedicou sua vida a documentar com tenacidade e persistência os crimes do Holocausto e a desmascarar e entregar à justiça os criminosos de guerra ainda livres.



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Fundador do Centro Judaico de Documentação, em Viena, ajudou a capturar cerca de 1.100 criminosos de guerra nazistas, entre eles Adolf Eichmann, o carrasco que planejou o extermínio dos judeus.



Wiesenthal recebeu mais de uma centena de prêmios e condecorações, entre os quais a “Medalha Presidencial da Liberdade”, maior condecoração civil dos Estados Unidos, oferecida por Bill Clinton, em 2000; e o “World Tolerance Award”, outorgado para premiar seu compromisso com a justiça, a tolerância e a paz.



Também foi homenageado por movimentos de resistência de vários países europeus, recebeu “Medalhas da Liberdade” na Holanda e em Luxemburgo, e a Medalha de Ouro do Congresso americano. Foi nomeado Cavalheiro da Legião de Honra, na França, e seu trabalho em prol dos refugiados foi reconhecido pelas Nações Unidas.



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Sua vida

Simon Wiesenthal nasceu em 31 de dezembro de 1908, em Buczacz, na Galícia, então parte do Império Austro-húngaro, hoje Lvov, na Ucrânia. Recusado pelo Instituto Politécnico de sua cidade natal pelas cotas restritivas a alunos judeus, fez seus estudos na Universidade de Praga, onde se formou em Arquitetura, em 1932.



Em 1936 casou-se com Cyla. Trabalhava, então, em um escritório de arquitetura. Em 1939 a Alemanha e a União Soviética assinaram um pacto de não-agressão mútua e dividiram entre si a Polônia. O exército russo ocupava Lvov, promovendo as famosas purgas dos elementos “burgueses”: especificamente dos comerciantes, pequenos industriais e outros profissionais judeus. Seu padrasto foi preso e morreu na prisão; seu meio-irmão foi baleado; ele perdeu o trabalho e tornou-se mecânico em uma fábrica de molas para camas. Wiesenthal salvou-se e à sua família da deportação para a Sibéria subornando um comissário de polícia.




Quando em 1941 os alemães ocuparam Lvov, ele e Cyla foram enviados a um campo de trabalhos forçados, cujos prisioneiros cuidavam da manutenção da rede ferroviária. No ano seguinte, a máquina terrível do genocídio nazista estava em pleno andamento e Simon e Cyla haviam perdido 89 membros de sua família, entre eles a mãe de Simon. O tipo físico de Cyla – loira de olhos azuis – permitia que ela passasse por ariana, e Simon fez um acordo com a resistência polonesa: trocou mapas ferroviários detalhados, feitos por ele mesmo, por documentos falsos e um salva-conduto de saída do campo para a mulher, que passou a viver em Varsóvia como “Irene Kowalska”.



Ele conseguiu fugir em 1943, mas foi recapturado no ano seguinte e enviado novamente ao campo de Janovska. Com o avanço do Exército Vermelho, para evitar que fossem enviados ao front, as SS decidiram manter vivos os 34 prisioneiros que ainda restavam dos 149 mil que havia inicialmente no campo. Durante a marcha de retirada rumo ao Ocidente, que passou pelo campo de Buchenwald e terminou em Mauthausen, no norte da Áustria, pouquíssimos prisioneiros sobreviveram.




Quando, em 5 de maio 1945, o campo de Mauthausen foi libertado pelos americanos, Simon pesava menos que 50 quilos. Assim que recuperou suas forças, começou a reunir provas das atrocidades cometidas pelos nazistas para a seção dos crimes de guerra do exército americano. Além desse trabalho, dirigia o Comitê Judaico da Áustria, uma organização assistencial beneficente.


No final de 1945, Simon e Cyla se reencontraram e se reuniram novamente, após anos acreditando que o outro morrera. Um ano depois, nasceu sua filha Pauline.






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Pesquisa: Site Morashá.
Fotos: Internet



Morto aos 96 anos, foi sepultado em Israel, por decisão da comunidade hebraica internacional.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Fotografia de Warllen Silva


Vencedor do premio' Wedding Awards 2011'
Subcategoria: vencedor(a)/fotógrafo(a):
*Emoção: Warllen Silva.


*Clique na fotografia para visualiza-la em tamanho grande.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Poema de NELLY SACHS


TERRA DE ISRAEL

Não cantos de luta vos vou eu cantar
Irmãos, expostos ante as portas do mundo.
Herdeiros dos salvadores da luz, que da areia
arrancaram os raios enterrados
da eternidade.
Que nas mãos seguraram
astros cintilantes como troféus de vitória.

Não canções de luta
vos vou eu cantar
Amados,
só estancar o sangue
e as lágrimas, que gelaram nas câmaras da morte,
degelá-las.

E buscar as lembranças perdidas
que rescendem proféticas através da Terra
e dormem sobre a pedra
em que os canteiros dos sonhos enraízam
e a escada da nostalgia
que ultrapassa a Morte.

(in Poemas de Nelly Sachs, tradução de Paulo Quintela, Portugália editora, 1967 - original de Terra de Istrael / Land Israel, 1951)