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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Rita Levi-Montalcini



Médica e investigadora italiana.
Não são muitas as mulheres que já receberam o Prémio Nobel da Medicina, mas, para lá desse prestigiado prémio, toda a vida de Rita Levi-Montalcini é recheada de interesse.
Nasceu em Turim, numa família judia,a 22 de abril em 1909 e teve uma irmã gémea.
Rita e os outros três irmãos tiveram uma infância feliz. Rita cresceu, estudou e foi para um colégio, com a irmã. Paula enveredou pela carreira artística, a irmã mais velha Nina, casou e foi dona de casa a tempo inteiro e Rita refugiou-se na leitura. Leu Virginia Woolf e Selma Lagerlöf. Frequentou a Universidade de Turim seis anos. Mais tarde recordaria a sensação estranha que teve a primeira vez que entrou num Instituto de Anatomia. Havia mais cinco alunas no seu curso. Rita tinha de estudar os cadáveres e perscrutar os tecidos através do microscópio. Levou o seu curso de Medicina muito a sério e depois optou pela investigação.
Pesquisou as células e suas mutações, bem como os nervos sensoriais.
De 1945 a1947 foi assistente do Prof. Levi, em 1947 partiu para Washington para a Universidade de Saint Louis, onde passou grande parte da sua vida de investigadora.

De 1945 a1947 foi assistente do Prof. Levi, em 1947 partiu para Washington para a Universidade de Saint Louis, onde passou grande parte da sua vida de investigadora. Continuando os estudos sobre o sistema nervoso chegou à descoberta de uma proteína que regula o crescimento dos tecidos, a que foi dado o nome de Nerve Grrowth Factor (NGF).
Em 1986 recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina, partilhado com Cohen.

Tem dupla nacionalidade. Italiana e norte-americana. O contributo de Rita Levi-Montalcini no campo da neuro-ciência é assinalável.
É presidente honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla.



Em 22 de abril de 2009 Rita Levi-Montalcini, completou 100 anos e continua trabalhando em pesquisas.

Comentários dela mesma:

Sobre o mal afirma: “O mal é o desejo excessivo do próprio bem-estar e desinteresse pelo bem comum”.
Sobre sua idade: «Cem anos? É a idade ideal para fazer descobertas. Nunca aposente seu cérebro. Eu trabalho dia e noite com uma equipe extraordinária. No European Brain Research Institute (EBRI), eu e meus jovens colaboradores estamos aprofundando os estudos sobre o NGF que acompanha o desenvolvimento do ser humano do período pré-natal até a velhice. Estes trabalhos poderão ser úteis para combater as doenças neurodegenerativas e desenvolver um fármaco contra o mal de Alzheimer».

"O segreto da minha vitalidade é que eu vivo continuamente ocupada na pesquisa científica e nos problemas sociais. Não tenho tempo de pensar em mim mesma.”


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"Meu cérebro tem um século... mas não conhece a senilidade..O corpo se enruga, não
posso evitar, mas não o cérebro!"


- Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faça com que ele trabalhe e ele nunca se degenerará.
- Viverá melhor os anos que vive, é isso o
interessante. A chave é: manter curiosidades,empenho, ter paixões....veja...não me refiro apaixões físicas especificamente...simplesmentetenha paixões.

Rita Levi-Montalcini

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Viagem...



O tempo que navegaremos os quatro cantos da terra não se calcular. Viajar é uma arte de admirar. É amar loucamente cada aspecto do caminho. É ir em peregrinação, participando intensamente de coisas, de fatos, de vidas com as quais nos correspondemos desde sempre e para sempre. Para qualquer lado que vá, tudo será maior que qualquer sonho.

Há um momento feliz em todas as viagens: quando na bruma da distância já se advinha a presença dos amigos, quando se descobre o primeiro sorriso de boas-vindas e o coração se emociona sobre o primeiro ramos de flores.

Perguntaram-me para onde vou agora. Quem sabe para onde vai? Caminhamos sobre enigmas. Já deixamos para trás o sol enterrado no deserto; já descobrimos as estrelas e a lua veio ao nosso encontro.

O que me espera não sei.


Cecília Meireles
(Seleção de textos)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

La vida, instrucciones de uso



"Yo pienso que todo esto no se corresponde con mi personalidad. Yo no soy vanidoso. Y esto es un regalo para los vanidosos, que se vuelven locos con los agasajos. Yo lo veo como desde fuera. Lo veo fríamente. Lo he pasado bien y lo estoy pasando bien. Pero soy el mismo. El mismo que se ríe hasta de sí mismo."

La literatura

"Yo digo que la literatura es lo esencial, lo básico. Todo lo que no sea literatura no existe. Porque, ¿dónde está la realidad? Un árbol lo es porque uno lo está nombrando. Y al nombrarlo está suscitando la imagen inventada que teníamos. Pero si no lo nombras el árbol no existe."

"Yo he escrito desde siempre; claro, primero serían pavadas, tonterías, pero siempre estuve escribiendo. El sentido de mi vida está en la literatura, esa es la verdad y creo que la literatura es la verdadera realidad. A la vejez última he descubierto que eso de literatura y realidad es una falsa contraposición, la realidad es la literatura. La realidad real, no es real, no existe."


La infancia

"La realidad básica es la de la infancia y la adolescencia, y el resto va acumulando cosas, pero son esos tiempos los que de modo tácito siguen en nosotros. Y uno puede sacar o no sacar de ese baúl."

El secreto de su longevidad

"Influyen la biología, la suerte y la fortaleza de ser sincero consigo mismo... La mala conciencia inquieta y no deja vivir. Si uno no ha obrado bien puede que viva atormentado. Y yo no tengo nada de lo que arrepentirme."

La muerte

"Casi desde que nací tuve conciencia de la muerte, esa fatalidad que tarde o temprano a todos nos afecta. Hay que aceptarla, guste o no guste. A veces he podido entender a los que se suicidan. Incluso les he podido respetar. Pero yo he aguantado todo lo que tenía que aguantar. Y no ha sido poco."


Inmortalidad

"No, no creo en la inmortalidad, ojalá. Creo en la literatura, que es lo mismo que la vida para mí. Viviré algo más en mis libros, durante algún tiempo, y ya está. Ésa es toda la inmortalidad a la que aspiro."

Felicidad

"¿Que si he sido feliz? Yo no tengo una escala para medir la importancia de las cosas en mi vida, o para decir fue mejor esto o lo otro. Pero sí puedo decir que este momento en el que estoy con ustedes es un momento de felicidad para mí; que haya tantas personas interesadas en lo que soy yo y en lo que ha sido y será mi vida, me emociona."

Su recuerdo

"Que me recuerde cada uno como le dé la gana."


Dados; El País.

Francisco Ayala
(Francisco Ayala García-Duarte (Granada, Espanha, 16 de março de 1906 - Madrid, 3 de novembro de 2009)

Claude Lévi-Strauss


(Lévi-Strauss by Pablo Secca)

“Um espírito malicioso já definiu a América como sendo uma terra que passou da barbárie à decadência sem conhecer a civilização. Poderíamos com mais razão aplicar a fórmula às cidades do Novo Mundo: vão da frescura à decrepitude sem se deterem na antiguidade”.

Claude Lévi-Strauss

Bruxelas, 28 de novembro de 1908 — Paris, 30 de outubro de 2009)
foi um antropólogo, professor e filósofo francês. É considerado fundador da antropologia estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX.

Professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982. Foi também membro da Academia Francesa - o primeiro a atingir os 100 anos de idade.

Desde seus primeiros trabalhos sobre os povos indígenas do Brasil, que estudou em campo, no período de 1935 a 1939, e a publicação de sua tese As estruturas elementares do parentesco, em 1949, publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente.

Dedicou uma tetralogia, as Mitológicas, ao estudo dos mitos, mas publicou também obras que escapam do enquadramento estrito dos estudos acadêmicos - dentre as quais o famoso Tristes Trópicos, publicado em 1955, que o tornou conhecido e apreciado por um vasto círculo de leitores.