Se a poesia te chama, empenha-te em colocá-la para fora com as ferramentas que te servem. E aos ouvidos que te pedem, fala...
Entra em bons termos com a mágoa. E que tua alma acolha mais e mais a dor dos elefantes...
Achega-te a mim, a tua secreta verdade...
Sente como é bom pernoitar no coração dos amigos que te acolhem, te apalpam. São eles teus termômetros, tuas asas.
Vai ao teu jardim, ama tuas flores, observa aquela luz que as ilumina e se transfigura em tua alma. A beleza são esses achados, um certo conciliar entre o sentido que enxerga e as inesgotáveis manifestações da alteridade. É o paradoxo encantado, ilusão que nos diz que não existimos sem o mundo, e este não vive sem nossos olhos. Expressa essa beleza que é essência, que ao espírito remete.
No mais, os dias passam, o sol diminui no ocaso seu passo. E tudo volta, com o novo dia, ao seu antigo hábito.
Ah, escreve para os elefantes. Dizem que eles não esquecem. Assim tua alma inteira irá se aquientando em tua casa...
Fernando Campanella
*Maravilhoso texto, do especial amigo, poeta, e professor mineiro, Ferando Campanella.
Enjoy.
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